O princípio do fim!? Não!

Boa tarde. No dia 17 de abril de 2019 fui diagnosticado com herpes genital através do exame sorológico, entitulado Quimioluminescência - CLIA, "Herpes Simplex tipos 1 e 2" para anticorpos IgG e IgM, tendo resultado "Índice inferior a 0,5" para IgG, resultando em não reagente, mas tendo "Superior a índice 3,5", indicando que era reagente. Minha exposição ao vírus provavelmente ocorreu cerca de 25 dias antes do resultado deste exame, durante uma visita a parentes no Espírito Santo. Havia tempo que não os via, então estava empolgado. Havendo a possibilidade de conhecer uma pessoa e ter relações sexuais com ela, fiquei mais empolgado ainda. Conheci essa pessoa em um bar, conversamos bastante e bebemos bastante também. No final da noite, fomos para o apartamento dessa pessoa, o parente que me acompanhava foi dormir e fiquei com essa pessoa na sala do apartamento. Estava muito excitado, tanto pela ocasião quanto pela pessoa. Nós tivemos uma relação sexual vaginal com preservativo e após tivemos também uma relação anal. Talvez tenha sido nesse momento que meu destino foi traçado. Sempre que eu viajava tinha o costume de levar um sabonete novo para me banhar pois não gostava de usar sabonetes de outras pessoas, nem mesmo em minha própria casa, pois sempre tive receio de contrair alguma doença através do compartilhamento de sabonetes (talvez seja um pouco de ignorância), mas não foi o que aconteceu dessa vez. Uma parente minha tem herpes labial. Fui dormir na casa dela para sair a noite com essa pessoa. Me depilei com o "prestobarba" bem empolgado para poder me encontrar com essa pessoa (um urologista com quem me consultei uma vez me disse que não se deve fazer isso, apenas aparar os pelos com tesoura para evitar a formação de microlesões que podem levar à abertura de portas de entrada para microorganismos, isso vale tanto para homens quanto mulheres), mas quando fui me banhar, percebi que não havia levado sabonete e usei o sabonete dessa parente (essa pode ter sido outra possibilidade de contaminação) e fui para a rua encontrar com essa pessoa que desejava conhecer. Durante essa viagem não tive mais relações sexuais além dessa. Cerca de 14 dias após minha volta da viagem percebi que na base de meu pênis havia aparecido uma pequena bolinha, mas isso já havia acontecido outras vezes quando me depilava por completo, sendo apenas um pelo encravado, o que aparentemente havia acontecido dessa vez. Estourei a bolhinha, removi o pelo que estava dentro e esperei cicatrizar. Também havia outra bolhinha do outro lado da base, mas era pequena, puxei o pelinho e esta regrediu tranquilamente. Nesse dia, houve uma festa e fiquei com uma pessoa, como estava muito bêbado e achava que era apenas uma bolhinha qualquer, tive relações sexuais com ela, mas infelizmente ocorreu sem preservativos. O problema foi que a primeira bolha que estourei cresceu novamente e apareceram outras ao redor. Fiquei intrigado com isso e por meus conhecimentos, sabia que uma das possibilidades para o diagnóstico daquelas alterações seria a herpes genital, mas não levei a sério. A princípio estava lavando com soro fisiológico, passando álcool e iodo, mas não estava adiantando. A cada dia as bolhas iam crescendo e se espalhando. Comprei uma pomada e passei, o que também não adiantou. De repente, no dia que pensei que as bolhas iriam regredir, apareceram 3 vesículas (no mesmo sentido de bolhas) no corpo de meu pênis, fiquei horrorizado pela eminência do diagnóstico. Com isso, resolvi marcar uma consulta no urologista para ver o que estava acontecendo. Nesse meio tempo resolvi ir na UPA para ter uma opinião profissional. Chegando lá, a médica disse que era apenas uma inflamação (as vesículas se tornaram pústulas), passou uma pomada de hidrocortisona (antiinflamatório esteroidal) e me disse para relaxar, mas como eu sabia da possibilidade de ser herpes, resolvi pedir uma solicitação da sorologia para essa maldita condição. Eu estagio em um laboratório em que tenho acesso a microscópios e vi na internet que um dos achados de microscopia para a herpes é a presença de células gigantes multinucleadas nas lesões. Resolvi fazer um "imprint" e corar com hematoxilia e eosina e lá estavam elas. O mundo vinha fechando cada vez mais ao meu redor, a possibilidade de ter uma família, ser feliz com alguém vinha se extingindo! Alguns dias depois resolvi fazer a coleta de sangue para a sorologia. Quando peguei o resultado, minha sina foi traçada. Como a herpes era eminente, fiz também o teste rápido para HIV/AIDS e hepatites, sendo estes negativos. Com os resultados dos exames, fui ao urologista e ele não me disse nada além do que eu já não sabia. Ainda me disse que não poderia me indicar a terapia supressora porque ainda não era cientificamente comprovada a sua eficácia (o que é mentira). Cheguei em casa como se estivesse em outro mundo. Acho que até hoje a ficha não caiu. Depois disso, passei a buscar informações em artigos científicos sobre minha situação, realizei a terapia supressora por conta própria por algum tempo (sendo notadamente efetiva, pois das primeiras semanas aos primeiros meses após a priminfecção é quando há a maior proliferação viral), mas para me sentir confortável para ter contatos sexuais com outras pessoas precisaria de mais informações. E assim sigo vivendo. Buscando novas alternativas que por um acaso me dêem segurança para viver normalmente. O conhecimento é a base da resolução de todos os problemas, por isso busco informações atualizadas e confiáveis sobre a herpes, mal que acomete uma grande massa de pessoas. Acredito que não tenha me contaminado por imprudência pois as primeiras lesões apareceram justamente na região onde o preservativo não protegia. Tirando isso, só restam especulações. Em vez de buscarmos um culpado, é fundamental buscarmos entender e compreender este mal que no aflinge. O que pude tirar de conclusão sobre minha história é que a única maneira de ter relações sexuais sem contrair alguma DST é não ter relações com quem as possui. Como não é possível saber, de uma certa maneira o sexo é uma roleta russa.

A INTENÇÃO DESSE BLOG É COMPARTILHAR MINHAS EXPERIÊNCIAS E INFORMAÇÕES FUNDAMENTADAS NA LITERATURA DE ARTIGOS E LIVROS CIENTÍFICOS COMO UMA MANEIRA DE ABRIR A MENTE DAS PESSOAS E PODER DAR ALGUM CONFORTO ÀS PESSOAS ACOMETIDAS PELA DOENÇA ATÉ O MOMENTO E TAMBÉM ATUALIZAÇÕES SOBRE OS TRATAMENTOS E A DESCOBERTA DA TÃO SONHADA CURA. 

Às pessoas que são HSV-positivas, disponibilizo o email vivendocomherpesgenital@gmail.com para podermos conversar, trocar experiências a conhecer outras pessoas acometidas por esse mal para juntarmos forças contra esta mazela. O conteúdo dos emails também poderá ser postado aqui caso o envolvido deseje. Boa sorte e felicidade a todos. 

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A CURA SERÁ DESCOBERTA!

---------RESULTADO DO EXAME---------

Herpes Simples tipos 1 e 2 - Anticorpos IgG

Material biológico: Soro 

Data e Hora da Coleta: 15/04/2019 07:50

Valores Referenciais:

RESULTADO.............. Indice Inferior a 0,5 

*Não reagente: Índice inferior a 0,9

*Inconclusivo: Índice 0,9 a 1,1

*Reagente: Índice superior a 1,1

Este teste corresponde a pesquisa de anticorpos para Herpes Simplex tipos 1 e 2.

Observação:..... * Para descartar infecção aguda recomenda-se a realização de

anticorpos Herpes simples IgM ou dosagem seriada de anticorpos Herpes

simples IgG no intervalo de 2 semanas com aumento do índice 2 vezes

superior ao obtido anteriormente.

Método: Quimioluminescência - CLIA Data e hora de liberação: 17/04/2019 09:02

Herpes Simples tipos 1 e 2 - Anticorpos IgM

Material biológico: Soro 

Data e Hora da Coleta.... 15/04/2019 07:50

Valores Referenciais

RESULTADO.............. Superior a Indice 3,5 

*Não reagente: Índice inferior a 0,9

*Inconclusivo: Índice 0,9 a 1,1

*Reagente: Índice superior a 1,1

A expressão de resultados positivos simultâneos

indicando a presença de anticorpos IgM para

agentes etiológicos diferentes, não descarta a

possibilidade de reação cruzada entre eles.

Sugerimos acompanhamento com nova pesquisa sorológica

a critério clínico. Este teste corresponde a pesquisa de anticorpos para Herpes Simplex tipos 1 e 2.

Observação:.... Herpes simples IgM positivo pode ser compatível com infecção ativa.

Método: Quimioluminescência - CLIA 

Data e hora de liberação: 17/04/2019 09:02

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TERMOS DE INDEXAÇÃO: infecção, herpes genital, hsv